Aobra, coordenada pelo mexicano Lorenzo Carrasco, é fruto de investigação por parte do coletivo de imprensa EIR (Executive Inteligence Review) e defende que...
Aobra, coordenada pelo mexicano Lorenzo Carrasco, é fruto de investigação por parte do coletivo de imprensa EIR (Executive Inteligence Review) e defende que ONGs, fundações e movimentos socioambientais são "inimigos da civilização" a serviço de um grande estratagema, ardilosamente coordenado por oligarquias anglo-americanas com o único intuito de condenar os países pobres ao eterno subdesenvolvimento.A idéia não é nova, possivelmente fruto de uma antipatia criada pela atuação dos movimentos socioambientais frente a impasses em grandes obras de infra-estrutura. A venda de 17 mil cópias de Máfia Verde, desde a sua primeira edição, segundo informações da distribuidora, demonstra que a tese de que as causas ambientais encobrem interesses econômicos oligárquicos (especialmente abaixo do equador) ganha cada vez mais adeptos. Entretanto, a máfia descrita na obra é de tal sofisticação, que é de se espantar a lacuna no correspondente aos motivos que levariam qualquer elite econômica a sabotar deliberadamente os países pobres. Motivos até podem existir, mas passam ao largo da rebuscada argumentação que, com uma erudição acaciana, remonta aos tempos do Renascimento. Os autores parecem contar com a solidariedade do leitor, desde que tenha introjetado um certo maniqueísmo, segundo o qual os ricos estariam sempre do lado do mal.